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Até onde vai o limite para se ter um corpo “perfeito”?

Fabiana Farias

Anorexia, um problema pouco discutido, mas que afeta milhares de jovens no mundo

 

O filme “O Mínimo para Viver” (To The Bone), escrito e dirigido pela diretora Marti Noxon, contou com ajuda de especialistas para nos trazer o debate sobre distúrbios alimentares. O longa é baseado na própria experiência que Noxon teve em um determinado momento de sua vida. A atriz Lily Collins, que interpreta a protagonista Ellen, também desenvolveu anorexia e sofreu com a doença na adolescência.

O longa conta a história de Ellen, uma jovem de 20 anos que enfrenta anorexia nervosa, é obcecada com sua aparência e tem diversos problemas pessoais, como o desânimo de não conseguir se recuperar e com a família, que não sabe mais como ajudá-la. A garota já passou por inúmeras clínicas especializadas, mas nenhuma teve sucesso, podemos ver isso claramente nos primeiros minutos da trama, em que ela abandona o tratamento e volta para a casa da madrasta Susan, interpretada por Carrie Preston.


Ellen se pesando na balança da clínica de reabilitação. Foto: Reprodução/KCTV5

Vemos uma cena em que Ellen está sentada na mesa com a meia-irmã, começa a checar todas as calorias dos alimentos e sente muito orgulho disso. A todo momento mede o tamanho de seu braço e faz abdominais sempre antes de dormir. Mas ao mesmo tempo, Kelly, filha de seu pai com sua madrasta, sempre a apoia e dá incentivos para que a protagonista não desista dos tratamentos.


Da esquerda para a direita: Kelly, Susan e Ellen. Foto: Reprodução/USA Today

Como última tentativa de ajudar a enteada, Susan encontra o médico não convencional William Beckman, interpretado por Keanu Reeves, que diz que só irá ajudar a jovem se ela realmente quiser viver e terá de descobrir por si mesma como confrontar seu vício e tentar se aceitar. Ellen fica surpresa com as regras que lhe são impostas e aceita ir para a clínica de reabilitação e dar mais uma chance à vida.

Eli no consultório do Dr. William. Foto: Reprodução/Mott Social

“Eu não vou te tratar se você quiser morrer.” ― Dr. William Beckman.

Chegando na clínica, que na verdade é uma casa, a moça conhece outros pacientes, com as mais diferentes trajetórias: Luke, Megan, Anna, Tracy e Pearl, que a fará ter outras perspectivas sobre a vida. Luke é um personagem que se destaca, pois não vemos muitos garotos com transtornos alimentares em comparação com as meninas.


Integrantes da casa de apoio. Foto: Reprodução/Kathryn Prescott Brasil

Os pacientes não são reeducados a comer, mas, por meio de terapias em grupo, percebem que estão doentes e necessitam de ajuda. Todos dormem e tentam comer juntos, e torcem pelo progresso de cada um, de modo que conseguem incentivo vendo um ao outro melhorar. Para Ellen, que agora passa a se chamar Eli entre os colegas, um dos momentos mais difíceis são as horas das refeições, pois o simples fato de engolir é algo impossível. Em algumas cenas, a vemos mastigando e depois cuspindo em um guardanapo.


Personagem Ellen tentando comer um chocolate. Foto: Reprodução/Product Placement Blog

Um filme que pode ser descrito como de esperança e recuperação. Apenas no final Eli percebe de fato o quão mal está, e volta a enxergar o sentido da vida novamente. Tudo depende do paciente e somente dele. Transtorno alimentar é uma doença séria que não deve ser ignorada.

Personagem Eli. Foto: Reprodução/Diario Clarín

O longa-metragem teve impacto positivo e negativo. Com um tema pouco debatido, a trama aumentou a conscientização e as conversas em torno da doença. Entretanto, alguns se preocupam com os efeitos que a abordagem causará nas pessoas com o transtorno, mas em momento algum vemos o filme ensinando práticas de como se tornar uma pessoa anoréxica, e sim debatendo os sintomas e as consequências de uma doença que precisa de atenção.


“O Mínimo para Viver” está disponível na Netflix. Confira o trailer do filme clicando aqui.


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