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Caroline Almeida

"Sou negra e tenho orgulho da minha cor"

Combate ao racismo e empoderamento nas rimas de MC Soffia

 

Conhecida por suas rimas, a rapper MC Soffia ganhou visibilidade em 2016 por meio de sua música "Menina pretinha". Apesar de ser uma adolescente de 14 anos, suas composições possuem temáticas maduras, falam de questões raciais, empoderamento, machismo e padrões sociais.


Nascida na zona leste de São Paulo, em uma família militante do movimento negro, sua mãe, a produtora cultural Kamilah Pimentel, a levava para as rodas de debate na periferia. Na falta de brinquedos com representatividade, sua avó confeccionava bonecas negras de pano. Desde cedo participava de oficinas culturais e logo começou a se identificar com a cultura afro-brasileira, com participação ativa nos eventos, principalmente nos shows de hip hop.


Rapunzel de dread. Foto: Reprodução/O Globo


Soffia começou a compor aos três anos de idade, mais tarde passou a participar de outras atividades que englobavam a cultura negra como capoeira, maracatu e hip hop. Ainda na infância, por volta dos seis anos, descobriu seu dom para música e iniciou sua carreira como cantora com composições sobre empoderamento feminino e negro. Fez seu primeiro show aos sete anos, em uma maratona dedicada ao aniversário de São Paulo.


"Vou me divertir enquanto sou pequena

Barbie é legal, mas eu prefiro Makena africana

Como história de griô, sou negra e tenho orgulho da minha cor"

-Menina pretinha


Em 2016, lançou o clipe "Menina pretinha", período que ela ganhou notoriedade, atualmente o vídeo possui 1,9 milhões de visualizações só no YouTube. Ela escreveu a música por influência da família, que sempre a incentivou, seu intuito é promover a autoaceitação de outras meninas. Devido o sucesso do seu rap, ela apresentou-se na cerimônia dos jogos olímpicos do Rio de Janeiro junto com a rapper Karol Conka, uma de suas referências.


MC Soffia contou que já sofreu discriminação na escola por conta da cor de sua pele. Este ano também foi alvo de racismo nas redes sociais após divulgar um ensaio fotográfico e lançar o clipe da música "Barbie Black", que fala sobre racismo, padrão de beleza e relação de gênero. Sobre seu trabalho, ela afirma “Faço música de força e resistência. Quero ajudar as meninas negras para que elas se amem e se aceitem como são’’.


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