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Subversiva e arrojada

Caroline Almeida

Exposição traz obras de artistas latino-americanas na ditadura

 

A Pinacoteca apresenta a exposição “Mulheres radicais: arte latino-americana, 1960-1985”, que reúne mais de 280 obras de cerca de 120 artistas mulheres, representando 15 países. A mostra desempenha um papel fundamental para a valorização da expressão artística e política do continente. Os trabalhos trazem contexto sobre a história da América Latina e da construção da arte contemporânea, registrados em fotografias, vídeos, pinturas e outros suportes.


A exposição traz um recorte do período da ditadura nos países da América Latina entre as décadas de 1960 e 1980 por meio de obras que denunciam a censura, tortura, dor e resistência da época. O evento também contempla a corporalidade feminina como corpo político em um momento marcado por poder patriarcal e repressão às mulheres.


A exposição itinerante chega ao Brasil em ano de eleição para relembrar a atuação política feminina. Foto: Reprodução/Nexo


A união entre o poético e o político denunciam a violência social e cultural também através de performances corporais exibidas em vídeo, que dialogam com a expansão da militância feminista. À época, expressão subversiva e arrojada, atualmente, criticada por discursos conservadores.


As obras foram organizadas por temáticas: A seção Lugares sociais busca enxergar o “outro”, as artistas procuraram representar os grupos de minorias sociais, dando voz a mulheres, negros, transgêneros, indígenas e deficientes.


O poder das palavras mostra a forma que as mulheres encontraram de se expressar por meio de palavras durante a ditadura, empregando-as em objetos e imagens de maneira poética e subjetiva. Nas obras, recortes de jornais foram utilizados para denunciar a violência do período.


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Sob regime ditatorial, Resistência e medo mostra o protagonismo político de mulheres que eram perseguidas e vulneráveis aos regimes repressivos. Muitas das artistas foram presas e exiladas, e contam por meio dessas obras suas experiências na ditadura. Essa seção desempenha o papel de documentar casos de violência e tortura omitidos nos documentos oficiais.


Na América Latina, poucas mulheres exploravam o feminismo na arte, com exceção do México, que concentrava maior número de artistas feministas. A seção Feminismos conta com obras que criticam o machismo. Segundo a curadoria da exposição, as autoras embarcaram em estudos profundos sobre o papel da mulher na sociedade para produzir uma série de fotografias, performances e discursos.


As construções sociais deixam em segundo plano os desejos das mulheres, que são submetidas às vontades masculinas. O erótico traz um olhar crítico que tem como proposta a descoberta do corpo, sexualidade e prazer feminino por meio de quadros, pinturas, vídeos e sons, que exploram a imaginação.


Data: até 19 de novembro

Ingresso: R$6,00 (inteira) ou R$3,00 (meia) de quarta a sexta e domingos. Entrada gratuita aos sábados

Horário: das 10h às 17h30

Local: Praça da Luz, 02 Metrô e CPTM: Estação Luz



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