top of page

Representatividade Trans na música independente

Caroline Almeida

Uma das vozes mais marcantes da atualidade brasileira

 

Dona de uma voz poderosa, Liniker Barros nasceu em uma família de músicos, onde cresceu ao ritmo de samba, samba-rock e soul. Desde cedo já mostrava seu talento ao cantar, mas antes de fazer carreira na música, ingressou no teatro em sua adolescência, e hoje é cantora e compositora.


Foto: Reprodução/Instagram "Liniker Oficial"


A banda “Liniker e os Caramelows”, da qual é vocalista, foi formada em 2015, ano em que gravaram o primeiro EP chamado “Cru”, após compor a música “Zero”. O seu segundo álbum “Remonta” foi lançado em setembro de 2016, um trabalho independente que mostra a essência de sua obra.


Considerada a cara da luta pela igualdade de gênero, suas composições falam de empoderamento social. Na edição de julho da revista “Glamour”, ela se posicionou sobre o assunto: “o processo de empoderamento é diário. Todo dia precisamos nos olhar no espelho e entender que somos maravilhosas, que temos direitos, sim, e não podemos ficar à margem da sociedade”.


Capa de "Flutua", que foi censurada do YouTube. Foto: Reprodução/Instagram "Liniker Oficial"

Em 2014, Liniker entrou na Escola Livre de Teatro, onde passou a ter um visual andrógino em meio à sua carreira artística, vestindo saias, croppeds, turbantes, batom, acessórios femininos e um bigode. Este ano, encontrou-se como transexual, o que acarretou em ainda mais preconceito, se tratando de uma mulher trans e negra. Uma de suas obras, a música “Flutua”, produzida em parceria com Johnny Hooker, foi retirada do YouTube, por conter capa com um beijo entre eles.


Até o ano passado a cantora se considerava parte do grupo não binário (sem gênero), e este ano na entrevista para a “Glamour” comentou sobre esse processo de se respeitar e ser uma mulher trans. “Não me identificava nem com ‘o’ e nem com ‘a’. Até que um dia, li uma matéria sobre a banda, e ao ler ‘o cantor’ me senti incomodada. A partir de então, entendi que era ‘a Liniker’, ‘a cantora’".


Foto: Reprodução/Instagram "Liniker Oficial"


Liniker traz representatividade para os transexuais e negros, além de fazer parte do movimento artístico LGBTQ+. É, portanto, espelho para muitos da comunidade que querem seguir carreira artística, quebrando as barreiras da discriminação e da marginalização. Na mesma edição da revista, disse: “Temos que ocupar os espaços, os programas, os palcos. A sociedade invisibiliza a gente”. Com sua voz potente, conquista seu lugar na sociedade.

 Siga o INCULTURA: 
  • Curta nossa página no Facebook!
  • Siga nosso perfil no Instagram!
  • Siga-nos no Twitter!
 POSTS recentes: 
 procurar por TAGS: 
bottom of page