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Preciosa: uma história de autoaceitação e luta

Fabiana Farias

O drama de uma adolescente que enfrenta bullying, racismo e gordofobia

 

O filme "Preciosa" retrata a vida de Claireece Preciosa Jones (Gabourey Sidibe), uma adolescente negra de 16 anos que enfrenta além do racismo, diversos preconceitos por ser obesa e analfabeta. Dentro de casa, sofre abuso sexual de seu pai e violência física e psicológica da mãe, que finge não ver o que seu marido faz com a filha.


Preciosa é mãe de dois filhos, fruto dos abusos que sofreu do pai. Um deles tem síndrome de down, e por isso, recebe dinheiro do governo, que ajuda a família a se sustentar. Para receber o benefício, ela precisa frequentar a escola.


A jovem vive em um bairro pobre de Nova Iorque. Ela era alvo de bullying na primeira escola que frequentou, apesar de sempre responder às ofensas com violência. Foi expulsa da escola convencional por engravidar pela segunda vez e não apresentar desempenho nas atividades. A diretora propõe que ela estude em um colégio alternativo, de ensino fundamental para adultos. Ao mesmo tempo, sua mãe não oferecia suporte, não acreditava no ensino de escolas e dizia que a filha nunca iria aprender nada, porque não a considerava capaz.

Personagem Preciosa. Foto: Reprodução/The New York Times

Preciosa tem o sonho de se tornar famosa e ser aceita pelas pessoas. Em uma das cenas do filme, a garota vê sua imagem no espelho e se imagina como como uma garota branca, magra e loira, um padrão de beleza imposto pela sociedade para as mulheres.


Quando vai para a escola alternativa, encontra muitas alunas negras e latinas, com quem cria fortes amizades. Lá, conhece a professora Rain, que ensinava as garotas a lerem e escreverem sobre sua vida e sonhos. Ela ajuda Preciosa a superar suas dificuldades ao fazê-la enxergar sua própria beleza, elevando sua autoestima.


Preciosa e as amigas da escola alternativa. Foto: Reprodução/IMDb


Após ser agredida pela mãe, passa a morar na casa da professora. Desde pequena tinha uma ideia preconceituosa em relação a homossexuais, mas começa a mudar seu pensamento quando descobre que Rain é lésbica.


Preciosa e sua professora Rain. Foto: Reprodução/IMDb


O filme emociona, retrata a realidade de famílias abusivas, discute homofobia e a falta de privilégios da população negra. O drama nos faz refletir sobre o ambiente familiar em que crianças e jovens estão expostos à violência sexual, física e psicológica. No caso de Preciosa, o processo de autodescobrimento e elevação da autoestima foram essenciais para ela lutar contra os preconceitos e estereótipos a seu respeito.


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