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Malala: uma voz poderosa

Fabiana Farias

Conheça a jovem que aos 15 anos desafiou o grupo terrorista Talibã

 

No documentário “He Named Me Malala” (Ele me deu o nome de Malala, em tradução livre), dirigido por Davis Guggenheim, podemos ver como é a rotina da ativista paquistanesa Malala Yousafzai, que ficou conhecida por erguer sua voz e lutar pelos direitos da educação para mulheres.


Malala Yousafzai. Foto: Reprodução/Observatório do Cinema

A adolescente luta desde cedo pela sua própria educação e a de outras meninas, mesmo que sempre tivesse ouvido na escola que elas não poderiam ser questionadoras. No longa, é narrado do momento em que ela nasceu até seu crescimento. Ele também conta a origem de seu nome, homenagem a uma guerreira libertadora.


Em 2012, aos 15 anos, sofreu um atentado pelo grupo terrorista Talibã por defender que meninas deveriam ter direito à educação. Durante o ataque, ela estava no ônibus escolar e levou um tiro no lado esquerdo da testa, levando-a ao coma, mas felizmente conseguiu sobreviver. Hoje tem uma certa dificuldade de mover o lado esquerdo do rosto, porém faz atividades para conseguir recuperar os movimentos.


“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo.” - Malala Yousafzai

Em “He Named Me Malala”, é mostrado o dia a dia da garota com a família, fundamental para conhecermos mais sobre a vida da jovem. Vemos brigas entre ela e os irmãos, que são bem-humorados e se divertem bastante brincando com a irmã. Além de momentos em que Malala fala sobre suas notas na escola, que não estão tão boas como antigamente por estar morando em um país diferente e com outra língua, e conta até mesmo sobre jogadores pelos quais tem uma queda romântica.

Malala Yousafzai posa com a medalha e o diploma do Prêmio Nobel da Paz. Foto por Suzanne Plunkett, da Reuters, via G1

Durante o filme vemos uma garota que cativa as pessoas e que não se intimida com as ameaças dos terroristas ao enfrentá-los. Sua coragem refletiu em grandes recompensas, a menina foi a pessoa mais jovem a ganhar o Prêmio Nobel da Paz, em 2014, por lutar contra a supressão das crianças e jovens e pelo direito de todos estudarem. Hoje, Malala possui uma fundação para a qual se pode doar dinheiro, para que os mais novos e mulheres tenham acesso à educação.


A ativista está entre os 30 jovens mais influentes do mundo, segundo a revista Time. Em 2013, Yousafzai e Christina Lamb publicaram “Eu sou Malala”, o livro eterniza a trajetória da biografada.

Capa de "Eu sou Malala", livro de 360 páginas publicado no Brasil pela Companhia das Letras. Foto: Reprodução/Saraiva

Malala continua a defender os direitos à educação ao redor do mundo, inspirando muitas jovens. O documentário está disponível na Netflix. Ela vive hoje com sua família na Inglaterra, pois sabe que não pode mais voltar ao Paquistão. Ainda está se adaptando à rotina em um novo país, mas aos poucos faz amigos e tem uma vida mais tranquila com seus parentes.


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