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"Sou mulher, negra, lésbica e da periferia"

Caroline Almeida

Ellen Oléria, porta voz da resistência afro brasileira

 

Após vencer a 1° temporada de The Voice Brasil, a cantora e musicista Ellen Oléria tornou-se mais conhecida. Com um timbre forte e potente e um misto elementos do samba, jazz e carimbó, conquistou os palcos do Brasil e mundo afora. Marcada não só pela música, como também por sua militância e discursos contra intolerância como ativista racial, feminista e LGBT.


Nascida em Brasília, iniciou sua carreira musical aos 16 anos apresentando-se em bares e casas de show de Taguatinga, cidade em que foi criada, onde também formou-se em artes cênicas na Universidade de Brasília. Ao entrar na música, ela fez parte de algumas bandas, e em 2009 participou das gravações do disco da Soatá, banda em que foi integrante por seis anos. No mesmo período, lançou seu primeiro álbum solo, um projeto independente chamado “Peça”.


Resistência das raízes afro-brasileiras na música de Ellen Oléria


Dois anos depois, gravou o DVD e CD, “Ao Vivo no Garagem”, junto com o grupo "Pret.utu", contando com a participação do rapper Emicida. Em 2012, a Soatá produziu um documentário biográfico com os mestres do carimbó no interior do estado do Pará, com intuito de resgatar e valorizar as raízes amazônicas e inspirações da banda. Participou da 1° edição do reality show “The Voice Brasil”, grande marco em sua carreira ao vencer o programa e ganhar visibilidade.


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Em 2013, embarcou em um novo projeto autoral, seu segundo disco, intitulado “Ellen Oléria”, que contou com a participação do cantor e compositor Carlinhos Brown, seu mentor durante o “The Voice Brasil”. Após o lançamento, ela fez turnê pelo norte e sul do país, Espanha, França, Angola e Estados Unidos, conquistando um público cada vez maior.


Ellen estreou na TV em 2015, como apresentadora do programa “Estação Plural” na TV Brasil, que traz discussões sobre a realidade das minorias sociais, trata pautas da atualidade, promovendo debates e reflexões. Contém três participantes fixos ligados ao universo LGBT, em busca da diversidade e pluralidade.


"Alguns grupos lutam para receber melhores salários, nós ainda lutamos para permanecermos vivas”, destacou Ellen em entrevista para a revista Brejeiras.


O último disco gravado e lançado de forma independente pela cantora, o “Afrofuturista”, resgata a cultura afro brasileira, com sonoridades e ritmos tradicionais. As composições abordam temas raciais e falam das raízes da população negra, que tem sobrevivido resistido.


Atualmente a cantora tem se destacado pelo seu ativismo e incentivado reflexões acerca do genocídio, como quando participou de um show no Parque de Madureira em homenagem a cinco meninos negros mortos por PMs na região, em 2015. Em março deste ano, foi capa da primeira edição da revista “Brejeiras”, e concedeu uma entrevista ao veículo, em que discute o papel das lésbicas no Dia Internacional da Mulher, e traz para debate a questão de resistência e pautas da população.

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