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Escute a voz das crianças

Amanda Narangeira

Como identificar os sinais de uma criança que sofre abusos e a importância da educação sexual nas escolas

 

No Brasil, entre 2012 e 2015 foram registrados mais de 120 mil casos de abuso sexual contra crianças e adolescentes, o que contabiliza três ataques por hora, de acordo com pesquisa realizada em conjunto do Disque 100 (Disque Direitos Humanos) e o SUS.


A BBC Brasil elaborou um guia para a identificação de abuso sexual infantil, o veículo entrevista a diretora executiva da ONG Childhood Brasil, Heloísa Ribeiro, que ressalta: “Geralmente não é um sinal só, mas um conjunto de indicadores. É importante que a criança seja levada para avaliação de especialista caso apresente algum desses sinais”.


No Brasil acontecem três abusos sexuais por hora contra menores de idade. Foto: Reprodução/La Nacion


O primeiro sinal é uma possível mudança no comportamento padrão da criança de maneira repentina e brusca. O segundo ponto é a proximidade excessiva do abusador, sendo que no Brasil 95% dos casos da violência sexual contra menores são praticados por pessoas conhecidas das crianças, em que 65% há a participação de pessoas do grupo familiar da própria vítima.

Outro indício é a regressão do menor que passa a ter comportamentos que já havia abandonado, como fazer xixi na cama, voltar a chupar o dedo ou começar a chorar sem motivo. Assim como mudanças de hábitos, passando a não comer muito, ou comer demais, a ter uma aparência mais descuidada para tentar fugir de possíveis violências.


Caso identifique alguns dos indicadores da lista o melhor a ser feito é procurar ajuda de um especialista, que analisará cada caso, oferecendo a melhor orientação. E o principal conselho dos especialistas é sempre confiar na palavra da criança, que precisa se sentir ouvida e acolhida para contar sobre o abuso.


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Para muitas vítimas de abuso sexual, como a nadadora Joanna Maranhão, uma forma de evitar essa violência seria a educação sexual nas escolas, que deveriam adotar programas que tratassem sobre abuso sexual, gravidez precoce, doenças sexualmente transmissíveis e diversidade sexual.


Para a educadora sexual Maria Helena Vilela, do Instituto Kaplan, “quando a criança já sabe alguma coisa de educação sexual, ela aprende a lidar com o que está acontecendo, fica preparada para isso. Já a criança não preparada se torna um alvo muito fácil para abusos. A descoberta sexual começa na infância, se você não trabalha isso, você exclui a sexualidade da criança”.

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