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Casos de violência aumentam por motivação política

Caroline Almeida

ELEIÇÕES

Discurso de ódio de Bolsonaro: medo e preocupação das minorias sociais

 

O candidato à presidência da extrema direita, Jair Bolsonaro (PSL), durante sua campanha, tem empregado discursos de cunho conservador e discriminatório, que motiva seus eleitores a manifestar preconceito e violência, principalmente com pessoas da comunidade negra, LGBT+ e mulheres. Nessas últimas duas semanas, os casos de agressão têm se tornado mais recorrentes.


No Brasil, as minorias sociais são as principais vítimas da violência gerada pela intolerância e discriminação. Segundo dados divulgados pela UNICEF, a cada dez pessoas assassinadas, sete são negras. De acordo com relatório do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 19 horas um LGBT+ é morto, em 2017 houve um aumento de 30% de crimes contra a comunidade, apenas no ano passado foram somadas 445 mortes, 56% dos casos acontecem em vias públicas e 37% dentro da casa da vítima.


Casos de agressão e assassinato em época de eleição


Um dos episódios que envolveu homofobia aconteceu três dias antes das eleições. Em um vídeo que circulou na internet, um grupo de homens no metrô de São Paulo cantavam: "Ô bicharada, toma cuidado, o Bolsonaro vai matar viado". Nas redes sociais a comunidade LGBT+ expressa estar assustada e preocupada com a onda de agressões.


No dia 3 de outubro em Curitiba, o cabeleireiro José Carlos Oliveira de Mota, que era gay, foi encontrado morto, com os pés e mãos amarrados envolto em um cobertor dentro do armário. Ainda não há muitos detalhes sobre o crime, o caso está sob investigação policial.


O corpo só foi encontrado às 18h pelo porteiro e amiga de José, e contam que o suspeito teria gritado "Viva Bolsonaro". Segundo o assessor de Políticas da Diversidade Sexual da Prefeitura de Curitiba, Allan Joham, que acompanha o caso, afirmou que o delegado acredita que o crime tenha sido motivado pela obsessão do suposto assassino pelo candidato.


Moa de Katende, símbolo de resistência. Foto: Reprodução/Brasil de Fato


Um dos casos que mais repercutiu na internet ocorreu em Salvador. Após a eleição, o Mestre de capoeira e ativista negro, Romoaldo Rosário da Costa, popularmente conhecido como Moa de Katende, foi morto com 12 facadas na madrugada de segunda feira, 8, depois de manifestar apoio a Fernando Haddad (PT). O assassino, Paulo Sérgio Ferreira Santana, declarou às autoridades que o crime ocorreu por motivação política.


Em Recife, no dia do primeiro turno da eleição, uma jornalista do portal NE10 foi vítima de agressões e ameaçada de estupro por dois homens apoiadores do candidato do PSL. De acordo com a Carta Capital a jornalista relata que “Um deles disse: ‘vamos logo estuprar ela. O outro afirmou que era melhor me cortar toda”.

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