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Por uma Copa colorida

Amanda Narangeira

Polêmica das leis LGBTfóbicas vigente na Rússia, o país sede da Copa do Mundo 2018

 

O mundo está em clima de comemoração da Copa, muitas pessoas usando camisas da sua seleção favorita, sentadas na frente da televisão ou em barzinho com os amigos para acompanhar os jogos. Mas recentemente uma polêmica veio à tona, a Rússia, país sede da Copa do Mundo, possui uma lei federal que impede manifestações de afeto em público entre o grupo LGBTQI+.   


Esse assunto se tornou recorrente após a divulgação de uma cartilha elaborada pelo Governo brasileiro,  que oferece orientações para os torcedores brasileiros que viajarem para o país sede da Copa 2018. Essas normas citam a lei aprovada na Rússia, que ficou conhecida como “Lei da Propaganda Gay”, que criminaliza a propaganda de “relações sexuais não-tradicionais” em frente as crianças.  


Ativistas protestam em São Petersburgo após lei contra a exibição de símbolos LGBT em toda a Rússia. Foto: Olga Maltseva. Reprodução/Viaja Bi!


O Guia Consular do Torcedor traz a seguinte recomendação: "Não são comuns na Rússia manifestações intensas de afeto em público. Em particular, recomenda-se à comunidade LGBT evitar demonstrações homoafetivas em ambientes públicos, que podem ser consideradas 'propaganda de relações sexuais não tradicionais feita a menores' e enquadradas em lei (junho de 2016) que prevê multa e deportação".


Ao participar do Programa da Fátima Bernardes, a apresentadora da TV Globo, Fernanda Gentil, que namora a jornalista Priscila Montandon, comentou ironicamente que está fazendo seu trabalho cobrindo o mundial “bem menininha”. Já nas redes sociais, algumas pessoas condenaram o fato dos cuidados exigidos pelo torcedor LGBT, mas outras compreenderam que era função do órgão brasileiro alertar os torcedores para princípios válidos no território da outra nação.   


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E é neste contexto que a campanha “Rainbow Cup” ganhou força em gesto de protesto e resistências contra as leis homofóbicas do país sede do mundial, em que se utiliza a hashtag #RainbowCup em fotos e textos relacionados à Copa do Mundo, postados nas redes sociais, onde os turistas podem levantar bandeiras coloridas, símbolo dos direitos LGBTQI+.


A proposta do movimento é extremamente importante, pois além do fato de acontecer justamente em um evento que une nações, faz com que a população mundial se mobilize e reflita sobre o impacto de leis LGBTfóbicas em um âmbito global, sendo possível uma construção em conjunto de uma sociedade coexistente e com mais respeito em relação às diversidades. Então, nessa copa, que seja bem-vindo o arco-íris!

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