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Raízes da cultura popular

Caroline Almeida

Banda que ecoa seu som e simpatia em nossas viagens de metrô

 

Uma história que conta com a passagem de mais de 12 músicos, uma banda que há cinco anos está no cenário independente e vem conquistando seu espaço na música: “Teko Porã”, que em guarani significa “belo caminho” ou “bem viver”. O termo reflete a essência que o grupo transmite às pessoas pelas ruas, corredores e vagões de metrô em São Paulo.


A banda passou por diversas formações durante os anos, registro que não se perde, já que pode ser encontrado nas redes sociais do grupo. Hoje ela é composta por Bia Rezende no vocal, Pablo Nomas no violão de sete cordas, Caio Gregory no Bandolim, Kinda Assis na viola e Israel Marinho no violoncelo.


A harmonia do bem viver de Teko Porã. Foto: Lorena Rezende. Reprodução/Instagram

Apresentam um gênero musical diferenciado, o MPB Cigano, que tem uma mistura de folk, MPB, música cigana e irlandesa, as percussões são de influência africana e indígena. Eles trazem em suas músicas questões como a resistência artística, preservação da natureza e a ancestralidade indígena.


Pablo fala sobre o tema: “a gente tem uma música chamada ‘Lamento dos Degolados’ que fala de um outro ponto de vista da colonização do nosso país e continente americano, e essa coisa do índio não está presente só no nome mas também no ponto de vista”.



Teko Porã surgiu em 2012, quando Pablo começou a tocar junto com outros artistas de rua em metrôs e dentro da “Casa Barco”, que também era o lugar em que moravam. A princípio, eram um trio instrumental de violino, bandolim e violão que tocavam diariamente. O trabalho cresceu ainda mais com as gravações expostas pelo público na internet.


A beleza feminina. Foto: Lorena Rezende. Reprodução/Instagram

A banda continua fazendo apresentações nas ruas, metrôs e na Casa Barco Centro Cultural, onde a maior parte dos integrantes já morou, localizada na Pompeia, que atualmente apresenta dois eventos mensais. Pablo comenta: “desde o final do ano passado estamos fazendo eventos quinzenais lá, o ‘Casa Barco Sessions’ e o ‘Elas, que navegam’”.


Em algumas edições da tradicional “Casa Barco Sessions” ocorrem tirada de tarô e palestras que trazem temas de interesse da banda. No evento, a Teko Porã sempre apresenta-se junto com convidados que também fazem parte da música independente. “Elas, que navegam” é uma programação em que mulheres envolvidas com o universo musical são convidadas para tocar e cantar.


Da esquerda para a direita: Pablo, Bia, Caio, Kinda e Israel. Foto: Lorena Rezende. Reprodução/Instagram

Eles já foram convidados para apresentar-se em espaços como Allianz Parque, TEDxSãoPaulo, Circuito Cultural ViaQuatro, Sesc’s, entre outros. Será lançado seu primeiro disco, intitulado “Anamaguaçu”, e três videoclipes até o final de 2018. Teko Porã resgata traços e raízes da cultura popular brasileira que são pouco valorizados.


Clique aqui para visitar o site da banda.


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